Crato entendeu desvalorizar a disciplina de "Educação física e desporto" retirando-lhe carga horária e atafulhando-a no saco das "expressões e tecnologias" onde já cabe tudo o que não é teórico, como é o caso de TIC, Educação Visual e oferta escola. Enfim...
O grande problema está na fome doentia de cada novo ministro mexer naquilo que existe só para mudar. Mal vão as "pastas" quando os seus titulares introduzem mudanças sem ter feito um diagnóstico plausível, uma caracterização da situação existente e um estudo das eventuais alterações a introduzir, caso se mostrassem necessárias, incluindo os efeitos das mesmas.
Aquilo que está em cima da mesa é simplesmente um retrocesso brutal e nojento, pois mais do que mexer numa profissão interfere com toda a gente. Vejamos: a sensibilização desde cedo para o exercício físico, a prática desportiva associada à população activa como elemento importante para eliminar o stress e promover a saúde e o envelhecimento activo são conceitos que vão desaparecer, lamentavelmente.
Mais do que uma disciplina, estamos perante uma questão sociocultural, porquanto preconiza o desinvestimento em estilos de vida saudáveis.
Estamos perante um erro crasso.
Se era isso que queria, Crato vai mesmo ficar na história.
Vivemos tempos difíceis, onde gente de má índole traça caminhos sinuosos e nos embebeda de ódios e nos encanta com verdades podres.
É num sentimento misto de perplexidade e arreliação que me encontro na ínfima condição de minúscula personagem espectadora e impotente, perante o contexto, o guião e o desfecho antevisto da peça trágica em exibição, vivenciado que é o rumo a que nos leva a todos.
A irresponsabilidade e a despreocupação da antevisão dos efeitos e da amplitude das consequências, constantes naqueles que não querem absolutamente ser parte da solução e que escolhem o problema e o caos, vidrados no calculismo eleitoralista, na fome doentia de ser poder e no insólito e despropositado posicionamento egocêntrico, motivou-os apenas e tão só a optar por convergir no ínfimo ponto em que serviu para "chutar-nos para baixo".
Creio que é tempo de dizer em uníssono: BASTA!
Basta de mentiras e de estratégias de ‘partidarite’ medíocre! Basta! Há um país cá fora! Há pessoas fora das jogadas partidárias, dos interesses pessoais dos líderes dos partidos, e grupais das suas cúpulas, e dos eventualmente subjugados a quem aqueles devem favores! Basta! Há pessoas que continuam, reiteradamente, a ser o objecto, o alvo e o elo mais fraco dos actos e das decisões desses senhores! Basta! Basta de jogar barro à parede! Estamos fartos!
Basta!
Basta mesmo!
Lembremos Mahatma Gandhi «O erro não se torna verdade por se difundir e multiplicar facilmente. Do mesmo modo a verdade não se torna erro pelo facto de ninguém a ver.»
O Guião, as cenas e as interpretações de alguns actores merecem apenas um grito profundo e um só rótulo: insólito, ridículo e repudiável.
O sobe e desce do IVA:
O (des)conhecimento do PEC IV:
Quantos mais casos serão precisos?
Não há palavras para se conseguir adjectivar de forma educada e cordial os actos malparidos ou de formação deficiente, desviante ou desajustada.
O Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é finalmente colocado à discussão pública numa redacção que já vai na sexta versão e que, mesmo assim, ainda revela falta de consistência, de contextualização e de conhecimento do modus vivendi.
A protecção da Natureza não se faz com o proibicionismo ou com a incrédula concepção de que o Homem não faz parte do ecossistema.
O despovoamento do interior e as problemáticas da periferia e da interioridade têm tomado corpo e aumentado devido as más políticas de ordenamento do território e à desenfreada e fundamentalista protecção de natureza defendida pelos senhores de gabinetes instalados e circunscritos a caves, vãos de escadas ou outros ínfimos espaços da polis do betão, crentes de que no território rural subsistem comunidades de índios ou seres impedidos do acesso à qualidade de vida.
Muito daquilo que existe, subsiste e resiste na Serra de Monchique, assim como no Sudoeste Alentejano deve-se também a uma criatura que faz parte do ecossistema e que merece tanto respeito como os demais seres que do mesmo fazem parte: o Homem.
A influência da ciência, do racionalismo técnico e da tecnologia que permitem ao homem um domínio acentuado sobre a natureza, vem sobremaneira sublinhar a crise de valores, ou a contestação dos valores tradicionais, que filósofos, sociólogos e pensadores prologaram no ido século XIX, como sejam Marx, Nietzsche e Freud.
Contudo, uma sociedade do século XXI, moderna e plural, deve assentar em pilares fortes, robustos e bem alicerçados, garantidos pela liberdade, igualdade e democracia, ainda que tenham havido mutações de mentalidades e de valores.
A evolução tecnológica e a revolução da informação de que Peter Drucker tanto tem escrito, propiciou o surgimento de novas formas de expressão e de comunicação e novos agentes nesta área. O aparecimento de espaços de opinião nas edições de os media, blogs, twiter, facebook, hi5, sms, entre outros, é, sem dúvida, um sinal claro de liberdade de expressão e do quadro democrático.
Pela manhã tive um insólito telefonema de uma senhora – por quem nutro de grande respeito –, advertindo-me para ser mais contido nos ataques que fazia a pessoas de respeito.
Ora, não sei se do pouco descanso – pois tinha dormido aproximadamente 2 horas –, se pela pouco oportuna abordagem, assim como pela argumentação – pois referia-se ao anterior post que eu tinha colocado aqui no Cogito blog existo –, lançou-me ao tapete.
De facto, não esperava aquele telefonema e, confesso, que tal senhora perdesse tempo a ler as minhas cogitações...
Ainda antes de sair de casa, fui levado ao dicionário para ver o conceito de “respeito”. Concluí que, de facto, era aquilo que nutria e nutro pela senhora, porém de forma alguma consigo vislumbrar naquele post eventual ofensa, mesmo que ínfima, a alguém de respeito.
Devolvi a chamada, pedindo desculpa e inquirindo a quem se referia, ao que me disse que eu ofendera os dois irmãos que tinham linhas de pensamento distintas e, por isso, estavam em partidos distintos. Percebi então. Agradeci e desejei um resto de bom dia àquela senhora de respeito e que a respeito não revelando o seu nome.
Contudo, reitero, mal vai este país quando recruta do mesmo lar dois líderes para dois partidos com ideologias tão distintas. Creio que algo terá falhado no processo de formação e desenvolvimento daqueles senhores quando foram miúdos. Para terem escolhido caminhos tão diferentes, certamente os pais também não olharam de forma igual para eles.
Ofensivo seria se me referisse a outras opções da mesma família e se citasse aquilo que já ouvi repetidamente: dos três irmãos o único que gosta de raparigas é ... a filha. Às vezes penso que o respeitável senhor arquitecto só terá estado bem quando desenhou a Igreja do Sagrado Coração de Jesus.
Maior ofensa seria se ousasse considerar que o feito que eternizou o tio materno teria decorrido da antevisão do que seriam estes sobrinhos e de não querer sequer aguardar a sua chegada, por isso se pirara.
Aquilo que se vive na campanha eleitoral em curso seria engraçado se não se tratasse de um assunto sério. Aliás, triplamente sério: primeiro, porque se trata da escolha dos representantes dos cidadãos – do povo – para os órgãos da administração, ainda que ainda tenhamos alguma autonomia no contexto da união europeia; segundo, porque se trata da escolha dos nossos pares para nos representar na Europa onde aqueles serão “os” portugueses; terceiro, por tudo (pelo dinheiro que se gasta, por não falarem da Europa, por não falarem de Portugal na Europa, por não apresentarem as suas ideias, o seu programa, por se atacarem uns aos outros de uma forma vergonhosa, por aproveitarem para atacar e defender o governo da república, por prestarem um mau serviço a Portugal, à Democracia e Cidadania, por aprofundarem o desgaste da ciência Política, por ofenderem a nossa inteligência, …).
E o pior é que este ano ainda temos mais dois actos eleitorais.
No final da tarde de domingo, ao chegar a Monchique, avistei na esplanada do Café da Vila um amigo que reiteradamente me telefona a perguntar quando arranjo 5 minutos para um café e trocar dois dedos de conversa. Apesar de ir à pressa e ter motivos de agenda e o sacana do relógio não abrandar, resolvi encostar e cumprir com o já inadiável e inadmissível.
Sentei-me, pedi os dois cafés da droga do costume e conversa trocada pa-ta-ti e pa-ta-ta, eis senão quando se pulula entre mesas um cidadão da nossa praça que não gostando de o fazer não consigo encontrar-lhe melhor definição do que "cromo", aliás "vinheta", pois também é auto-colante mas é muito mais pequeno. Pululou, pululou até encontrar a cadeira mais próxima de nós numa mesa vizinha, talvez para ouvir ou fazer-se ouvir. Quase de imediato arranjou um parceiro de bom nível, perdoem-me a ligeireza, um indivíduo com graves problemas de alcoolémia que entre caretas, bocejos e tiques, nada diz e seria, sem dúvida, um bom espectador para a peça que ali ía surgir.
Então, o dito cromo - criatura que eu nunca vi fazer nada, excepto "rançar" com quem passa, com quem encontra do lado de dentro de um balcão, entre outras coisas muito úteis e saudáveis, como se diz por aí e por isto ser do tipo T0, em que toda a gente se conhece, mesmo que não o queiramos, acabamos por sabê-lo - abre a matraca e profere uma frase que certamente lhe dá direito a uma nomeação para os globos de ouro: «Isto cada vez está pior; e a culpa é dos parasitas.»
Ora, certamente não se referia ao meu amigo cuja indumentária era um fato-macaco cheio de óleo e outras marcas do trabalho (veja,-se, a um domingo), nem a mim, provavelmente, mesmo que não soubesse que já tinha feito quase 200 km, e tinha estado em dois briefings completamente distintos, tendo-me valido mais de uma dezena de cafés tomados até às 19 horas, para a concentração e o ritmo.
Talvez, fosse uma confissão, mas a Igreja ainda dista dali uns bons 200 metros e talvez o senhor Padre não estivesse lá à espera daquelas duas personagens.
E pensei eu, nada é melhor do que depois de um rodopio bestial, ao final da tarde de um domingo, ouvir um pseudo-intelectual sardoso tentar apontar-nos o dedo a uma cagadela de mosca que temos no párabrisas do carro.
Lá diz o velho ditado: «Não há cego que se veja, nem torto que se conheça!»
. Atónito, logrado e liquid...
. A natureza daquilo que El...
. Por uma questão de respei...