Os valores, as dores e os amores que me marcam trago-os à “flor da pele” sem pejo, receio ou vaidade; faço-o, simplesmente, porque não tenho vergonha deles e por nunca sequer pensar que, alguma vez, pudessem criar preconceito ou simpatia de outros, e de grandeza tal, que levasse alguém a fazer o inimaginável, o inaceitável, o deplorável.
Sou católico e tenho os sacramentos todos até ao crisma; sou benfiquista (e sou sócio, o 150618); sou socialista (sou militante – o n.º 30209 – autarca e dirigente partidário); na Universidade fui estudante e dirigente académico; nas colectividades a que me associei fui sócio activo e muitas vezes também assumi funções de direcção.
Não obstante, não sou fanático nem fundamentalista (politicamente, já votei em branco quando a campanha não foi esclarecedora e já estive contra a indicação do Partido. Recordo, a título de exemplo, quando subscrevi a candidatura de Manuel Alegre a Presidente da República, em que o PS escolhera outro candidato).
Na vida e em cada momento e cada situação, tenho procurado sempre não confundir contextos, nem misturar sentimentos.
Em suma, sou aquilo em que acredito.
Nunca pensei, porém, que aquilo que sou criasse tal preconceito a terceiros que os levasse a agir num registo em que numa sociedade ocidental, em pleno século XXI e terceiro milénio, não tem o mais ínfimo cabimento e a eventual hipotética aceitação.
Aparte das demais diligências que sou forçado a tomar, hoje integro nas minhas rotinas diárias (e daquelas que realizo logo pela manhã), a necessária consulta da edição online do Diário da República, não vá alguém lembrar-se de ter publicado algo que me prejudique (ou beneficie; o que é mais improvável), voluntária ou propositadamente, e se tenha esquecido de me informar ou notificar.
Apontamento:
Já Eduardo Galeano nos presenteou da seguinte forma: «Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos».