Aquilo que se vive na campanha eleitoral em curso seria engraçado se não se tratasse de um assunto sério. Aliás, triplamente sério: primeiro, porque se trata da escolha dos representantes dos cidadãos – do povo – para os órgãos da administração, ainda que ainda tenhamos alguma autonomia no contexto da união europeia; segundo, porque se trata da escolha dos nossos pares para nos representar na Europa onde aqueles serão “os” portugueses; terceiro, por tudo (pelo dinheiro que se gasta, por não falarem da Europa, por não falarem de Portugal na Europa, por não apresentarem as suas ideias, o seu programa, por se atacarem uns aos outros de uma forma vergonhosa, por aproveitarem para atacar e defender o governo da república, por prestarem um mau serviço a Portugal, à Democracia e Cidadania, por aprofundarem o desgaste da ciência Política, por ofenderem a nossa inteligência, …).
E o pior é que este ano ainda temos mais dois actos eleitorais.
Na passada sexta-feira, depois de um dia com uma agenda complicada e vindo de mais uma directa, participei numa conferência promovida pela associação de pais e encarregados de educação subordinada à problemática do insucesso escolar.
Acabei por fazer parte da mesa, a convite da organização, uma vez que estava em representação de duas entidades convidadas para o efeito - a primeira que delegou em mim a participação e a segunda por seu o seu efectivo representante. è um pouco desconfortável a posição pois é dupla a responsabilidade e, apesar de sabermos separ o trigo do joio, às vezes quem nos vê e escuta pode não conseguir fazer aquela separação.
A conferência mostrou-se de facto interessante e dela confirmei três ideias-chave que há algum tempo penso nelas e as admito como indiscutíveis: 1.ª, o movimento associativo que trabalha com as populações jovens e estudantis dão um relevante contributo para a sua formação sóciocultural e desenvolvimento pessoal; 2.ª, ainda há pais e encarregados de educação preocupados com a formação dos seus filhos e disponíveis para colaborar com a Escola para a melhorar; 3.ª, o território e o contexto Escola tende a ser um espaço desagradável para os jovens, talvez porque não fala a sua linguagem.
Por isso acho que é preciso reinventar a Escola, torná-la um lugar aprazível e que conquiste a atenção e a estima dos jovens - os homens e as mulheres de amanhã.
É imprescindível reinventar a escola, as aulas, os programas, os conteúdos, os meios, os métodos. Pode até manter-se a mesma letra, mas é preciso mudar a música.
É também preciso apoiar a associação de pais a continuar com iniciativas desta natureza e com forte dinâmica e, também e sobretudo, que os professores e os responsáveis também acorram a estas iniciativas. No plenário apenas vi dois docentes - um do 1.º ciclo e outro do 3.º - e se calhar estariam ali simplemente porque são... pais.
Não desista, todos são precisos… até o Rangel.
De facto, concordo. Ninguém consegue nada sozinho!
Mais, feliz daquele que consegue conciliar o trabalho com o prazer e de todos os que conseguem encontram e gerir tempo para o fazer e para o lazer.
Por isso, também acho que somos todos precisos: os que trabalham, os que nos fazem ou motivam trabalhar e os que nos divertem quando estamos de descanso. E porque não é aceitável estar sistematicamente a levar com a crise, a gripe A, o Freeport, o BPI e o BPP, o Isaltino, a Casa Pia e o Portucale, também precisamos de um evadir.
Já que não podemos ir à procura de algo que nos distraia ou alivie a ‘mona’, então que isso venha ter connosco. E já que o Benfica não nos traz alegrias, ao menos que tenhamos espectáculos ou personagens circenses para alegrar a malta.
Temo, no entanto, que ao mandar aquela criatura para Bruxelas não vão os nossos "irmãos" europeus tabelar-nos todos pela mesma medida. Convenhamos, que isso era ofensivo, pois nem todos nós ‘tugas’ temos aquela altura, aquele peso, aquela voz, e aquele registo do tipo regateira que incomoda os próprios correligionários. Aliás, talvez mesmo por isso lhe dão o dito XPB (Xuto Para Bruxelas), para não o mandarem para a PQOP (censurado) ou simplesmente PC (censurado). Mas com o que por aí há, talvez os bilhetes estivessem esgotados e quem está mais próximo da bilheteira, fisicamente ou pela frequência a que lhe aflui, sabe-lo melhor.
Força Nela!
No final da tarde de domingo, ao chegar a Monchique, avistei na esplanada do Café da Vila um amigo que reiteradamente me telefona a perguntar quando arranjo 5 minutos para um café e trocar dois dedos de conversa. Apesar de ir à pressa e ter motivos de agenda e o sacana do relógio não abrandar, resolvi encostar e cumprir com o já inadiável e inadmissível.
Sentei-me, pedi os dois cafés da droga do costume e conversa trocada pa-ta-ti e pa-ta-ta, eis senão quando se pulula entre mesas um cidadão da nossa praça que não gostando de o fazer não consigo encontrar-lhe melhor definição do que "cromo", aliás "vinheta", pois também é auto-colante mas é muito mais pequeno. Pululou, pululou até encontrar a cadeira mais próxima de nós numa mesa vizinha, talvez para ouvir ou fazer-se ouvir. Quase de imediato arranjou um parceiro de bom nível, perdoem-me a ligeireza, um indivíduo com graves problemas de alcoolémia que entre caretas, bocejos e tiques, nada diz e seria, sem dúvida, um bom espectador para a peça que ali ía surgir.
Então, o dito cromo - criatura que eu nunca vi fazer nada, excepto "rançar" com quem passa, com quem encontra do lado de dentro de um balcão, entre outras coisas muito úteis e saudáveis, como se diz por aí e por isto ser do tipo T0, em que toda a gente se conhece, mesmo que não o queiramos, acabamos por sabê-lo - abre a matraca e profere uma frase que certamente lhe dá direito a uma nomeação para os globos de ouro: «Isto cada vez está pior; e a culpa é dos parasitas.»
Ora, certamente não se referia ao meu amigo cuja indumentária era um fato-macaco cheio de óleo e outras marcas do trabalho (veja,-se, a um domingo), nem a mim, provavelmente, mesmo que não soubesse que já tinha feito quase 200 km, e tinha estado em dois briefings completamente distintos, tendo-me valido mais de uma dezena de cafés tomados até às 19 horas, para a concentração e o ritmo.
Talvez, fosse uma confissão, mas a Igreja ainda dista dali uns bons 200 metros e talvez o senhor Padre não estivesse lá à espera daquelas duas personagens.
E pensei eu, nada é melhor do que depois de um rodopio bestial, ao final da tarde de um domingo, ouvir um pseudo-intelectual sardoso tentar apontar-nos o dedo a uma cagadela de mosca que temos no párabrisas do carro.
Lá diz o velho ditado: «Não há cego que se veja, nem torto que se conheça!»
Cada vez mais, toma corpo a ideia de que a lei da paridade não só não resolve o problema, como cria mais problemas.
Entendo que o estabelecimento de quotas na formalização de listas de candidatos só fará sentido e será bem-vindo se estivermos a falar de componentes que efectivamente valorizem as candidaturas, assim como o exercício dos mandatos.
Atrevo-me a sublinhar e a repetir aquilo que já disse a amigos, e nos sítios certos, que devem sim garantir-se números para quotas de mérito, de conhecimento académico, de conhecimento empírico, em listas onde naturalmente fará falta a presença de candidatos com conteúdo, para contrabalançar aqueles que têm apenas rótulo e, também, e infelizmente, os habitués elementos entozoários e epizoários, ou que simplesmente parasitam.
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