Chega-me a notícia de que Manuel do Nascimento Correia, ilustre escritor monchiquense já desaparecido, neorealista, cujo centenário do seu nascimento se festeja este ano, ficará perpetuado enquanto patrono da Escola EB 2,3 de Monchique, deixando assim a espécie de clandestinidade em que vinha resistindo, ou não fosse a Freguesia de Monchique ter reeditado um livro há uns anos atrás (tal como agora se prepara para reedidar outra obra) e colocado uma placa na casa onde o autor residiu.
Pena é que outra placa - a de um topónimo de uma rua da Vila, aprovado pela Assembleia Municipal há vários anos - nunca tenha sido colocada; menos mal, pois o autor é merecedor de outra placa e num arruamento de maior importância.
Depois de muitas diligências, também de há vários anos, por parte de Graça Batalim, José Rosa Sampaio, Ana Paula Almeida e do próprio filho e restante família do escritor - que tive o grato prazer de ir ouvindo e acompanhando - parece que agora se está mais perto de Manuel do Nascimento ganhar a notoriedade cimeira que merece.
Oxalá, a este propósito não se esqueçam também outros escritores e outros homens e mulheres cuja sua passagem, mais longa ou mais curta, enriqueceu a nossa cultura, escreveu a nossa história e elevou a nossa identidade.
A Freguesia de Monchique recorda, enfatisa e homenageia Manuel do Nascimento.
Depois de no passado recente ter promovido a reedição de um livro do autor monchiquense (O Último Espectáculo) e de ter colocado uma lápide identificativa da casa onde nasceu e viveu, este ano a mesma autarquia (Freguesia de Monchique) assinala o centenário do nascimento de Manuel do Nascimento Correia.
Outdoor de divulgação da iniciativa, junto ao edifício-sede do promotor (Freguesia de Monchique)
O autor nasceu nesta freguesia e concelho no dia 27-Dez-1912 e faleceu no ano de 1966.
Nota biográfica:
«Nasceu Manuel do Nascimento em Monchique no ano de 1912. Estudou numa escola técnica. Concluído o curso foi trabalhar para uma mina tendo começado então, por um choque entre a realidade e aquilo que pretendia que ela fosse, a moldar-se a sua personalidade. O contacto com a vida e os problemas dos mineiros fá-lo viver em luta permanente consigo próprio, acordando no futuro escritor um anseio de justiça, que a época perturbada da juventude tinha ignorado. Abandona a mina, por se encontrar doente e vai convalescer para a terra natal onde começa a ensaiar os primeiros passos de escritor. Escreve Mineiros e publica seguidamente Eu Queria Viver, o romance de uma rapariga a que a tuberculose dá uma nova consciência e aguça o espírito. Em O Aço Mudou de Têmpera, crónica romanceada da vida de uma aldeia da Beira durante o período da guerra, Manuel do Nascimento volta a ocupar-se da mina, desta vez descrevendo a pesquisa intensiva de minérios, enquadrada num drama profundamente humano que apresenta o mais amplo sentido de observação. Agonia e O Último Espectáculo são obras que, se mais méritos não tivessem, apresentam uma clarificação de forma notável. HISTÓRIAS DE MINEIROS põe mais uma vez em evidência as suas qualidades de escritor integrado na corrente do neo-realismo. Aflorando novamente o drama da mina, as angústias e as alegrias dos homens que nela trabalham, HISTÓRIAS DE MINEIROS é um livro pungente, verdadeiro e comunicativo, que confere a Manuel do Nascimento um lugar destacado na moderna literatura portuguesa.»
(Transcrição da contracapa de HISTÓRIAS DE MINEIROS, livro de contos de Manuel do Nascimento, Editora Arcádia, Lisboa, 1960)
Links úteis:
http://joserosasampaio.com.sapo.pt
Em Agosto de 2008 aceitei o desafio de amigos meus e do JDM. Liderei um grupo de sócios defendendo um novo rumo para a colectividade mais antiga do concelho, no intuito de integrar mais crianças, adolescentes, jovens e homens monchiquenses; aumentar a oferta desportiva e a dinâmica associativa; reposicionar o clube na sociedade sem descurar a sua localização sujeita às problemáticas da periferia e da interioridade.
Liderámos o projecto “MAIS JDM (mais juventude, mais desporto, mais monchiquense)”.
Dezassete meses depois, podemos concluir que as coisas estão diferentes, mas essa análise ficará para quem está do lado de fora e mais atento e isento para a avaliação.
Não obstante as inúmeras dificuldades, assim como a falta de apoios imprescindíveis à subsistência e sobrevivência, é motivo de grande orgulho para os dirigentes – e objecto de reconhecimento público –, o empenho e a determinação de cada um que hoje veste a camisola do JDM e o que faz quando a tem vestida e está ao serviço deste clube.
Força Monchiquense!
Entendo que a nossa verdadeira importância decorre daquilo que os outros vêem, sentem, pensam, de nós. Por isso mesmo não me parece sensata a auto-análise não solicitada, e doentiamente reiterada, quando valorativa daquilo que achamos que somos e que achamos que tão bem fizemos. Aliás, a figura do "auto-elogio" é das coisas que considero mais insensatas, insolentes e manifestamente comprovativas de que os outros não atribuem importância suficiente para enfatizar ou valorizar as hipotéticas qualidades ou bons feitos dos que sofregamente 'atracam naquele porto'. Talvez por isso não aprecie muito autobiografias, em especial onde perdomina a adjectivação desenfreada.
Todavia, às vezes é preciso parar, reflectir e concluir sobre os nossos actos, sobre nós. Creio que aí, e se a conclusão for boa e se não 'embandeirarmos em arco', então não parecerá mal a ninguém se esboçarmos um sorriso e nos orgulharmos do passo dado.
Hoje, assim me sinto, contente pelo compromisso que assumi há um ano, dedicando o meu conhecimento, o meu pouco tempo e a minha determinação para ajudar o clube da terra a superar um momento e um contexto de notável dificuldade. E tenho muito orgulho de todos aqueles que se associaram a essa vontade, do trabalho dedicado que têm tido e dos resultados que vão aparecendo. E tenho também bastante orgulho dos jovens - objecto da nossa acção - que literalmente "vestem a camisola" e fazem acontecer o Monchiquense.
Assumi aquele desafio sob a missão «MAIS JDM: mais Juventude, mais Desporto, mais Monchiquense». E hoje? Hoje, voltaria a fazê-lo! Claro!
O PM, Eng.º José Sócrates, presidiu hoje à sessão solene de fecho da comporta da Barragem de Odelouca. Trata-se apenas de um acto muito simples que qualquer colaborador em obra ou uma criança poderia fazer, porém o simbolismo intrínseco ao fecho da comporta da barragem que se assume como o ponto focal do sistema global de abastecimento de água ao Barlavento Algarvio exige a presença de membro do Governo da República, e, em especial do Eng.º José Sócrates.
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