Vale a pena rever esta intervenção no programa Prós e Contras", transmitido ontem à noite na RTP.
Tive a oportunidade e a possibilidade de ser dirigente associativo há mais de 20 anos, alguns deles no sector desportivo, em especial e ininterruptamente nos últimos 5.
Entendo o movimento associativo como um importantíssimo agente de intervenção social, mormente num contexto de crise, em que é imprescindível criar sinergias, estabelecer parcerias, fomentar a entreajuda. Ninguém consegue nada sozinho! Não percamos isso de vista! Nem de que todos temos um desafio arrojado: deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos!
É por isso que, naturalmente, num quadro de dificuldades como aquele que se vive hoje e que nos lança uma pesada hipoteca ao Futuro, ganha mais força essa tese de que é preciso convergir e relançar objectivos para hoje e para amanhã.
A este propósito permito-me citar um lutador que nos honrou - a nós portugueses e a nós algarvios -, com a sua presença nos últimos jogos olímpicos, mas também e sobretudo no caminho que percorreu para conseguir essa proeza que a todos concerteza nos orgulha, falo de Pedro Martins e a sua frase é «Um atleta motivado não tem limites!»
E permito-me sublinhar que a motivação é igual no desporto, como na vida!
O fumo branco da reunião de hoje do Ecofin trouxe-nos a novidade de que «A Comissão Europeia avança com o projecto de "cooperação reforçada" para a instauração de uma taxa sobre as transacções financeiras.»
A vulgarmente conhecida por 'Taxa Tobin' (em "homenagem" ao seu proponente, o nobel da economia de 1981, James Tobin), preconiza um tributo sobre as movimentações financeiras internacionais de carácter especulativo, que em 1971 sugerira, na sequência do fim da conversabilidade do Dólar em ouro proferido pelo presidente Richard Nixon, um novo sistema para a estabilidade monetária internacional em que incluia taxar aquelas transacções financeiras.
Muitos anos mais tarde, em 1997, o director do jornal Le Monde, Ignacio Ramonet, ressuscitou o debate sobre a Taxa Tobin, num editorial subordinado ao tema Désarmer les marchés. Por esta altura e na defesa da ideia de combater a Globalização e a força dos Mercados, propôs a criação de uma associação que preconizava a introdução daquele tributo: a ATTAC (Action pour une taxe Tobin d’aide aux citoyens).
Ramonet, também promotor do Fórum Social Mundial (movimento antiglobalização) de Porto Alegre, sugeriu ali a adopção do slogan «Um outro mundo é possível», ele que defendeu a inclusão da sociedade civil nos processos de construção de um outro mundo.
Hoje, ao vir a público esta informação pouco nos apraz dizer sobre a bondade do sonho europeu e da maldade da sua concretização, sobre o futuro que todos os dias se constrói e sobre os alertas que ao longo dos tempos foram sendo feitos por uma Esquerda apreensiva a uma Direita surda e mouca, dos estados-membros e da própria união. Será preciso todos estarem na lama para se imprimir a solidariedade dos pares, sobretudo daqueles que (in)voluntariamente arrastaram os mais vulneráveis para o referido lodo.
A questão económica da Europa não se esgota na Taxa Tobin, sem prejuízo de ser um princípio para um combate aos Mercados e às figuras sinistras e anónimas que os controlam. Pode ser um princípio para se falar de agências financeiras da própria UE e também das tão reclamadas Eurobonds.
Sem isso, então temos apenas mais uma operação de charme e basta-nos concluir, como diz o povo (porque esse é o sujeito e o objecto de toda a acção económica, porque a ciência não se esgota aos Mercados e à macroeconomia): "Depois de burro morto, cevada ao cu!"
Esse piegas povinho, cigarras abundantes, grevistas e birrinhas, empresários ignorantes, defensores de infelizes deputados queixinhas e de ressabiados juízes; Invejosos das gracinhas do Miguel das Patranhas e do Álvaro dos Pastéis, levam Paulo às aranhas e o Pedro aos papéis; Emprenhados de vícios, sem IVA nos restaurantes, Na crise são uns néscios das chances aos errantes: Se não gostam, que emigrem! |
Sobre o anúncio de mais um pacote de medidas de austeridade:
«Este é o caminho da liberdade e da responsabilidade política, é o caminho que assegura o futuro de Portugal».
Vítor Rabaça Louçã Gaspar, Mininistro de Estado e das Finanças do Governo de Portugal,
Conferência de Imprensa em Lisboa, 03-Out-2012, 15h45
Na saga dos aumentos de preços, surge agora mais um: vai subir o preço dos preservativos, vulgo "camisinhas".
Justificação: já estava tudo teso e presume-se que a situação não só se mantenha como tenderá a agravar-se!
Cumpre-se, portanto, a regra básica da economia: aumenta a procura...
Dado que a crise económica mundial continua a afectar muitos trabalhadores por todo o Mundo, sindicatos de todo o planeta voltam a organizar neste dia 7 de Outubro uma série de acções à escala mundial, para reclamar trabalho digno e pleno respeito pelos direitos dos trabalhadores.
A crise, a incapacidade ou a falta de vontade dos Governos para restabelecer o emprego e o crescimento estão a ter um impacto brutal por todo o planeta, em especial nos mais jovens.
Segundo dados oficiais, 75 milhões de jovens de todo o mundo estão actualmente sem emprego, enquanto muitos outros milhões trabalham em condições de trabalho precárias ou com carácter esporádico.
Assim, a FESAP volta a assinalar o Dia Mundial pelo Trabalho digno, de modo a alertar os governos em geral, e o Governo português em particular, para a necessidade de serem finalmente adoptadas políticas de combate ao grande flagelo social representado pelo desemprego.
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